Como não amar a minha amiga Paula Pfeifer do Crônicas da Surdez ??? Esse mês resolvi clonar o post dela. Sensacional !!!
TENHA PACIÊNCIA COM O IDOSO QUE TEM DEFICIÊNCIA AUDITIVA
31/08/2016
Como surda que escuta, mas, principalmente, como surda que até três anos atrás não escutava quase nada, devo dizer que o modo como tratamos nossos idosos que não escutam não é legal. Eu mesma já me vi em situações de falta de paciência com a minha amada vó Tereca (te amo, periquita!), portanto, se eu, uma criatura que exigiu paciência e respeito das pessoas à minha volta durante toda a vida já fiz dessas, o que sobra para o resto da população?
Acima de tudo, o idoso que não ouve ou ouve mal é um ser humano. Com medos, sentimentos, angústias. A grande maioria dos idosos que eu conheço não querem de jeito nenhum causar qualquer incômodo para os seus familiares, portanto, é muito comum que eles tratem a deficiência auditiva como um problema que pode ser deixado para lá. Só que não pode. Saúde auditiva é assunto muito sério, principalmente porque já está mais do que provado que surdez não tratada pode causar depressão, apressar Alzheimer, fazer com que a pessoa se isole do mundo, etc.
Raras são as famílias que percebem a surdez de um idoso e tomam uma atitude, em vez de achar que é ‘coisa da idade’. Surdez não é coisa da idade em idade nenhuma: todo ser humano merece ouvir, audição é saúde! E digo mais, audição é saúde mental para os nossos pais, avós e bisavós. Como alguém pode achar normal deixar a surdez de um idoso pra lá só porque é mais um problema para resolver na correria do dia-a-dia? Já conheci muitas pessoas com essa atitude, e o que me deixava mais triste era constatar que eram pessoas que foram ajudadas por esses idosos durante uma vida inteira. Ingratidão define.
Você não tem paciência para repetir algo que disse quando seus pais/avós/bisavós pedem?
Você acha que surdez é ‘coisa de velho’?
Você se irrita quando seus pais/avós/bisavós falam “HÃN?” várias vezes?
Você zomba ou faz piada dos seus pais/avós/bisavós que não ouvem ou ouvem mal (mesmo que não faça isso na frente deles)?
Pois saiba que um dia pode ser você. Saiba que a expectativa de vida hoje é altíssima, e raras serão as pessoas que não terão nenhuma perda auditiva ao longo dos anos. Do câncer e da surdez nesse mundo louco e poluído – inclusive sonoramente – em que vivemos, poucos escaparão. Deixo algumas dicas para lidar com idosos que possuem perda auditiva:
Fale de frente para a pessoa articulando bem os lábios
Fale de um jeito natural, é mais importante falar devagar do que berrar
Seja direto, evite frases muito longas
Se a pessoa pedir para repetir, repita!
Evite conversar em ambientes com muito ruído
Evite ambientes escuros
Quando estiverem entre várias pessoas, peça que cada um fala de uma vez e não todos ao mesmo tempo
Converse sobre uma ida ao otorrinolaringologista
Leve-o para fazer uma audiometria
Encoraje-o a usar aparelhos auditivos
Seja colaborativo e compreensivo no período de adaptação aos aparelhos
Ajude-o a tornar o uso do AASI como algo rotineiro e indispensável
Engaje a família toda na missão de dar qualidade de vida ao idoso com perda auditiva! 🙂
E pra complementar diria o seguinte 🙂 :
Quando for falar com ele, chame sua atenção antes de tudo. Seja com um toque no ombro ou iniciando a frase com o nome da pessoa. Assim ele perceberá que precisa prestar atenção no que está por vir.
Socorro… fuja do profissional que disse isso para vc.
Entendo da seguinte forma:
Primeiro, vamos definir o que entendo por potente. São aparelhos auditivos com ganho em acoplador de 2cc ( isso é uma referência para podermos comparar coisas iguais, medidas da mesma forma, ou seja, banana com banana) entre 65 e 84 dB.
Segundo, precisamos definir o que é potente para cada caso. Cada paciente precisa de um ganho diferente dependendo do seu grau de perda auditiva. O que o paciente precisa de ganho para escutar e entender as palavras e o quanto de ganho seu aparelho auditivo deve ter de reserva (para a eventualidade da perda auditiva piorar), é escolha e responsabilidade do fonoaudiólogo durante a seleção do melhor aparelho auditivo para cada caso.
Para ficar mais fácil, dividi em modelos:
PARA CUSTOMIZADOS ( aparelhos que ficam dentro da orelha) – algumas marcas tem aparelhos potentes (ganho de 70 dB ou mais) mas apenas nas linhas mais avançadas e que possuem outros recursos para melhorar o entendimento de fala. Logo, o preço é devido à estes outros recursos e não à potência. Mas há marcas com produtos um pouco menos potentes na linha básica ( ganho em torno de 60-65 dB).
PARA RETROS ( aparelhos que ficam atrás da orelha) – geralmente esses modelos mais potentes, com siglas P, HP, SP ou UP nos nomes dos aparelhos (dependendo da marca) estão disponíveis em todos os níveis de tecnologia, inclusive os mais básicos e econômicos. Aí a faixa de ganho disponível é bem grande: entre 65 e 84 dB. O que provavelmente mudará entre os aparelhos é o tamanho da pilha. Em geral os mais potentes usam bateria maior (675).
por Mirella·Comentários desativados em O que está dentro do custo de um aparelho auditivo?
Navegando por aí achei esse post interessante de Lisa Packer da Healthy Hearing de fevereiro de 2016. Resolvi traduzir o que achei mais bacana e… é claro… fazer meus comentários … 🙂
Vamos lá! Traduzindo…
Um argumento muito comum por aí é esse: ” Eu posso comprar um iphone ou um ipad por muito menos. Por que os aparelhos auditivos não tem o mesmo preço? Os 2 são pequenos e tem muita tecnologia envolvida.”
#meuscomentários: No Brasil um iphone ou ipad tem preços bem maiores que a maioria dos smartphones e tablets. No meu dia-a-dia ouço muito mais comparações com televisão. Coisas assim… “mas isso custa o valor de uma TV de tantas polegadas…”
A diferença entre esses dois produtos envolve: fabricação, distribuição e situação econômica.
Do desenvolvimento à fabricação
O processo de fabricação dos aparelhos auditivos é pequeno mas é elemento importante na conta do custo. Os materiais envolvidos não são assim tão caros (mesmo levando em conta equipamentos especializados necessários como microprocessadores e microfones) correspondendo a mais ou menos 10% do custo. Mas como qualquer equipamento com muita tecnologia (os famosos high tech), há necessidade de muita pesquisa e desenvolvimento que entra no cálculo do custo. No final, a pesquisa pode custar 3x mais que os materiais para a fabricação.
Cada fabricante de aparelhos auditivos tem uma equipe enorme de profissionais responsáveis pelo desenvolvimento do produto: desde engenheiros elétricos, audiologistas, programadores e até musicologistas. Essa equipe pode envolver 200 a 300 pessoas num período entre 3 a 4 anos. Além disso, novos recursos exigem testes laboratoriais intensivos nos aparelhos auditivos que podem levar cerca de 2 anos.
Estima-se que a produção (materiais, mão de obra e equipamento) represente somente 8-10% do custo total do aparelho auditivo. O restante do custo inclui pesquisa, desenvolvimento, marketing, testes e a margem do fabricante.
Para o aparelho auditivo chegar até o consumidor
O preço de varejo dos aparelhos auditivos incluem taxas de adaptação, salários de funcionários, tudo que acontece depois que o aparelho auditivo sai do fabricante. Diferente dos iphones, os aparelhos auditivos são produtos médicos, que envolvem registro nos órgãos competentes como FDA (nos EUA) e ANVISA (no Brasil). A compra de um aparelho auditivo é bem diferente de um telefone: enquanto na loja da Apple, vc entra, passa uma hora com o vendedor, escolhe o produto, compra e acabou, no caso de um aparelho auditivo há um processo posterior à compra que envolve horas de adaptação, regulagens e manutenção que estão dentro do custo do produto. Isso significa que ao comprar um aparelho auditivo vc está pagando também pelo serviço de profissionais treinados (especialistas) para ajustar seus aparelhos enquanto eles durarem.
#meuscomentários: costumo dizer aos meus pacientes que a seleção do aparelho, teste e compra são as partes mais curtas do processo. O casamento está somente começando. Por isso, escolha bem o local da compra.
Aqui estão alguns dos serviços que estão incorporados no custo de varejo do aparelho auditivo:
Custo da avaliação auditiva (levantamento do histórico do paciente e testes audiométricos)
Seleção e indicação
Programação
Adaptação
Consultas de acompanhamento
Limpeza
Manutenção
Garantia do produto
Baterias
Aconselhamento
Educação
Devido ao fato dos aparelhos auditivos serem considerados produtos médicos, os serviços de ajustes e regulagens devem ser realizados por profissionais especialistas, altamente treinados e atualizados em congressos. E isso tudo tem um custo alto. Além disso, há todo o equipamento específico necessário para a realização dos ajustes.
E não podemos esquecer do custo geral de manter qualquer centro auditivo em funcionamento, desde o custo da eletricidade até de todos funcionários envolvidos na operação.
A economia de escala
E é claro, a economia tem sua parcela nos custos do aparelho auditivo. Em primeiro lugar, há a competição entre os fabricantes de aparelhos auditivos, que influencia os gastos com a propaganda do produto. Além disso, há o princípio econômico chamado economia de escala que é de grande importância nesse caso. Basicamente, quando um produto (aparelhos auditivos) é produzido em grande escala, o fabricante pode diluir certos custos envolvidos na produção (como design, pesquisa e desenvolvimento) de forma mais suave. Na prática, a empresa consegue reduzir os custos para o consumidor. Entretanto, somente cerca de 2 milhões de aparelhos auditivos são vendidos por ano e em contrapartida cerca de 32.4 milhões de iphones nos EUA somente em 2011. #meuscomentários: No Brasil não consegui achar um dado de fonte confiável para colocar aqui…
Dizem por aí que conhecimento é poder. Acreditamos que entender melhor o que entra no custo de um aparelho auditivo permitirá que vc tome a melhor decisão possível quando for comprar os seus.
#meuscomentários: aparelhos auditivos não são baratos. Mas o fato é que existem diversas marcas e muitas opções de custo médio e baixo (mesmo de marcas de primeira linha) no mercado que podem atender as necessidades da maioria dos pacientes. O indispensável na escolha do melhor custo-benefício (além do preço e avaliação do que está incluso) é um bom fonoaudiólogo com excelentes conhecimentos técnicos e realmente preocupado com o bem estar auditivo do seu paciente.
Perambulando pela net, sempre à procura de assuntos interessantes, achei esse post de 2015 muito interessante. Resolvi traduzir e dar uma adaptada com meus pitacos…. 🙂
Quando pensamos em causas da perda auditiva uma lista aparece: idade, exposição ao ruído, antecedentes familiares, etc
Mas atualmente sabemos que outras coisas podem interferir, contribuindo com a perda auditiva. E acreditem são coisas que nos deparamos no dia-a-dia e não damos muita bola…
O recado é simples! Cuidar da saúde geral é cuidar da audição também!
Diabetes & Problemas Cardíacos & Perda Auditiva
De acordo com a Associação Americana de Diabetes, quase 30 milhões de pessoas apresentaram diabetes em 2012. E 86 milhões com pré-diabetes, ou seja, ao exame de sangue os níveis de açúcar eram maiores que o normal mas não tão altos para serem classificados como diabetes. O problema é que pessoas diabéticas tem o dobro de chance de ter uma perda auditiva e os pré-diabéticos tem 30% mais chance. As causas ainda não foram identificadas mas acredita-se que os altos níveis de glicose no sangue pode causar danos nas pequenas veias e nervos do ouvido interno, levando à perda de audição.
#ficadica Diabéticos e pré-diabéticos devem fazer exames auditivos anualmente e regularmente praticar exercícios , monitorar o nível de glicose no sangue, manter um peso adequado e manter um volume adequado ao utilizar fone de ouvido.
Antibióticos & Perda Auditiva
Você sabia que vários antibióticos comuns podem causar perda de audição? Alguns deles são ototóxicos ( ou seja, fazem mal para o ouvido) e podem provocar perda de audição (lesão de ouvido interno) ou efeitos colaterais como zumbido e tontura ( a famosa “labirintite).
Há muito tempo os antibióticos tem culpa no cartório quando o assunto é ouvido. Em 1940 a estreptomicina que foi usada para tratamento de tuberculose deixou muitos pacientes com perda de audição e tontura. Depois apareceram os aminoglicosídeos, muito utilizados no tratamento de infecções bacterianas de difícil controle. O que acontece é o seguinte: a bactéria causa inflamação, que faz com que as estruturas delicadas do ouvido fiquem vulneráveis às toxinas presentes nos antibióticos. Além disso, há fatores que interferem (infelizmente para pior, é claro) como idade, hereditariedade, pré-existência de perda auditiva e dosagem inadequada da medicação.
#ficadica Antes de tomar qualquer antibiótico pergunte ao seu médico sobre os riscos. E se vc sentir piora da audição, zumbido ou tontura, entre em contato urgente com seu médico para a conduta mais adequada.
Obesidade & Perda Auditiva
Que relação tem o peso com a audição? Muita. Um estudo realizado num hospital de Boston (WBrigham and Women’s) avaliou a atividade física, índice de peso corporal, cintura e perda auditiva de mais de 68.000 mulheres no período de 1989 e 2009. Os resultados mostraram que o risco de perda auditiva aumentou conforme o BMI e tamanho da cintura aumentavam. A provável correlação deve-se ao peso extra que coloca tensão nos capilares que são responsáveis pelo transporte de oxigênio para as células. Então as delicadas células ciliadas do ouvido não recebem o oxigênio necessário e morrem.
Atenção! Os jovens não estão imunes à isso! Um outro estudo recente revelou que adolescentes que tinham o seu BMI em 95 ou mais tinham o dobro de risco para perda auditiva unilateral de frequência grave (sons grossos como voz de homem, por exemplo).Os pesquisadores sugeriram que a razão desta perda tem relação com inflamação, que danifica todos os órgãos do corpo incluindo o sistema auditivo. Mas a boa notícia é que se houver mudança nos estilo de vida (dieta e exercícios) essa perda pode ser reversível. Para os mais idosos a questão é minimizar os riscos. Esse estudo de Boston demonstrou que nas mulheres que caminhavam no mínimo 2 horas por semana, o risco para perda auditiva reduziu em 15% em relação às que caminhavam menos de 1 hora por semana.
Problemas Cardíacos & Perda Auditiva
O ouvido interno é mais sensível à mudanças no fluxo sanguíneo do que qualquer outra parte do corpo. Há uma importante relação entre audição e saúde cardiovascular: pesquisadores acreditam que a perda auditiva pode ser um indicador precoce de doença cardíaca. Uma sistema cardiovascular saudável significa um fluxo sanguíneo adequado e logo uma boa saúde auditiva.
A renomada revista cientifica Laryngoscope publicou um estudo que mostrou forte correlação entre padrões de audiometria e doenças arteriais cerebrovasculares e periféricas, indicando que a audiometria poderia ser uma ferramenta de triagem para pacientes com risco potencial de acidente cardiovascular.
#ficadica Essa correlação mostra que monitorando sua saúde auditiva ( junto com uma dieta saudável e prática de exercícios moderados) é possível reduzir o risco de acidente vascular, que se tornou a primeira causa de morte nos EUA.
Stress & Perda Auditiva
É fato conhecido que o stress pode levar à uma saúde ruim e agora sabemos que a audição pode ser afetada também. O Jornal Internacional de Tinnitus (zumbido) publicou os resultados de um estudo que descobriu a relação entre stress e perda auditiva súbita.É um ciclo vicioso: stress leva à problemas físicos, como pressão alta e problemas cardíacos que por sua vez afetam o fluxo sanguíneo do ouvido interno. E assim vai…
#ficadica: Bons hábitos de sono, dieta saudável, prática de exercícios…. tudo isso pode minimizar o stress. E acrescento aqui… Pensamento Positivo sempre! 🙂
Navegando por aí achei essas informações no site da The Canadian Hearing Society que resolvi traduzir, adaptar um pouco ( com meus pitacos, é claro) e compartilhar. São dicas bem interessantes:
PARA QUEM TEM DIFICULDADE AUDITIVA:
A pessoa com dificuldade auditiva deve escolher o melhor posicionamento com o objetivo de sempre enxergar os falantes e ficar mais próximo daqueles que tem voz mais difícil de entender.
PARA QUEM PREPARA E FAZ A REUNIÃO
A sala deve estar bem iluminada para facilitar a leitura labial.
Evite iluminação vinda de trás, de janelas ou artificiais, na qual a pessoa que fala está na frente. A luz ofuscará a visão dos participantes.
A disposição das pessoas na mesa em U ou circular é o melhor para comunicação.
Programe intervalos frequentes para tentar aliviar a fadiga visual por conta do uso da leitura labial.
Use acessórios como microfones e até fones de ouvido para a pessoa com dificuldade auditiva.
Informe os participantes para que evitem sons como bater os dedos ou a caneta na mesa, isso pode atrapalhar que não escuta bem.
Fale claramente e numa velocidade moderada.
Não fique andando de um lado para o outro enquanto fala.
Fale olhando para a audiência, não vire as costas para o quadro negro ou apresentação e fale ao mesmo tempo.
Organize a reunião para que uma pessoa fale de cada vez. Uma lista com os nomes é interessante. Sempre chame a pessoa para falar ( dando a palavra) e peça que ela se levante para chamar a atenção dos outros.
Repita as perguntas antes de responder. Isso ajudará bastante a pessoa com dificuldade.
Aponte para a pessoa que está falando e peça para os outros levantarem as mãos no caso de outras perguntas. Vc vai acabar com as conversas de ladinho… 🙂
Fique atento se a pessoa com dificuldade auditiva quer contribuir com qualquer comentário.
Entregue a agenda com os tópicos da reunião para os participantes antes do início. Isso evita a “boiada” na mudança de assunto.
Sempre anuncie a mudança de assunto.
Utilize ajuda visual, demonstrações, flip charts e materiais escritos.
Use fontes grandes de letras nas apresentações.
Todos os vídeos devem ter legendas.
Alguns equipamentos de audio-visual como projetores de mídia podem ser ruidosos. Desligue sempre que não estiver em uso. Isso vale para ar condicionado e ventiladores.
Dê tempo para anotações para que as pessoas não fiquem desesperadas…
Ao final de cada assunto, faça um resumo e contato visual com cada participante garantindo o entendimento.
Essa pergunta é muuuuito frequente. No Brasil, essa prática ainda engatinha mas em outros países, principalmente nos EUA é bem comum. Agora com o dólar nas alturas, as pessoas pensam 20 vezes antes de comprar algo pois não está valendo mais a pena. Mas ATENÇÃO! O que está à venda online não são aparelhos auditivos e sim o que eles chamam de PSAP ( Produtos de Amplificação Sonora Pessoais). E qual a diferença?
Simples – por definição são produtos eletrônicos não regulamentados pelo FDA (equivalente à nossa ANVISA aqui no Brasil) que tem como função amplificar sons ambientais para consumidores que não tenham perda auditiva. Aparelhos auditivos são produtos médicos, com comercialização regulamentada pelo governo e necessitam de programação e ajustes, ou seja, de ACOMPANHAMENTO!
O que acontece muitas vezes é que esses PSAP são anunciados de forma que possam confundir e induzir o consumidor a pensar que é um aparelho auditivo. Geralmente colocam informações como ” indicado para o grau de perda auditiva leve a moderado”, ” melhora sua audição em ambientes acústicos desafiadores” , etc. E tudo isso com um preço sensacional. Quando o milagre é muito até o santo desconfia, certo?
Pacientes que foram atendidos e acompanhados por fonoaudiólogos especialistas (com protocolo definido) tinham maior nível de satisfação
Um típico usuário de aparelhos auditivos precisa em torno de 3 atendimentos antes da compra para adaptação. #ficadica: se vc comprar pela internet como vai fazer isso?
Dos usuários que foram atendidos e bem acompanhados:
81% comprariam a mesma marca de aparelhos auditivos
85 % estavam satisfeitos com seus aparelhos auditivos nos diversos ambientes acústicos
94 % recomendariam o fonoaudiólogo pelo qual foi atendido a um amigo
99 % estavam satisfeitos com o benefício proporcionado pelos aparelhos auditivos
97 % recomendariam uso de aparelhos auditivos para um amigo
Dos usuários que foram atendidos sem acompanhamento completo:
14% comprariam a mesma marca de aparelhos auditivos
14 % estavam satisfeitos com seus aparelhos auditivos nos diversos ambientes acústicos
39 % recomendariam o fonoaudiólogo pelo qual foi atendido a um amigo
12 % estavam satisfeitos com o benefício proporcionado pelos aparelhos auditivos
56 % recomendariam uso de aparelhos auditivos para um amigo
A mensagem final é simples: antes de comprar seu aparelho auditivo tenha certeza de que vc será acompanhado por um bom fonoaudiólogo ! 🙂
Praticamente todo dia alguém me pergunta isso. E estão sempre se referindo aosmodelos internos, que ficam dentro da orelha. A resposta é fácil e simples: DEPENDE. Em alguns casos pode ser a melhor opção e em outros a pior.
No mercado há algumas marcas que ainda utilizam o conceito de menor – aparece menos então, é mais caro. Nesse caso, aparelhos menores com tecnologia simples são bem mais caros do que os que aparecem mais, em geral os retroauriculares, mesmo com tecnologia melhor. Mas, a grande maioria utiliza o conceito de mais tecnologia – mais caro. Para mim, esse é o correto e o que faz sentido. Pois é a tecnologia melhor que vai propiciar um melhor entendimento de fala e não o tamanho do aparelho auditivo.
Quando esse assunto de tamanho vem à tona, lembro sempre da Paula Pfeifer do Crônicas da Surdez e da sua opinião quanto ao discreto. Sempre ofereceram à ela o modelo intra dizendo que o discreto-invisível era o melhor. Nunca haviam questionado as dificuldades que ela tinha. O critério da indicação foi ela é jovem, não pode aparecer muito e ponto final.
Ficam aqui minhas dicas levar em conta na escolha do melhor aparelho auditivo para seu caso:
Quem vai usar o aparelho auditivo é você. Não seu acompanhante e nem a fonoaudióloga que está indicando o modelo. Então, você deve SIM falar para ela o que você quer ou não quer num aparelho auditivo.
O modelo mais adequado é aquele que vai melhorar ou até resolver as suas dificuldades. Então, não se intimide: pergunte !!! Simples assim: “No que esse aparelho vai me ajudar para entender televisão?” por exemplo.
Eu, como fonoaudióloga, tento conciliar da melhor maneira possível o que o paciente deseja e termos de tamanho com o que ele precisa em relação às dificuldades auditivas. Quando não consigo, exponho os prós e contras de cada modelo e JUNTOS escolhemos a melhor opção. É assim que deve ser: tudo claro e transparente.
Procure no mínimo duas marcas e/ou opiniões sobre seu caso se você não ficou satisfeito ou em dúvida com o modelo e tecnologia indicados para seu caso. Lembre-se que as marcas tem produtos diferentes!
Aproveito o post para desejar um ótimo Natal e Ano Novo para todos!
Passei minha vida inteira sendo uma pessoa que não escutava, e minha audição foi piorando gradativamente até chegar num nível impraticável – foi aí que corri atrás do implante coclear. Hoje sou capaz de entender as minúcias do que a surdezcausou nos meus relacionamentos, especialmente no que diz respeito à minha família, mas essa capacidade só chegou com meu retorno ao mundo sonoro. Nós passamos a maior parte do tempo com os nossos familiares, e são eles que aguentam nossas descargas de frustração, agressividade, raiva e depressão.
Vejo muitas pessoas perdidas quando se trata deste assunto. Como ser uma pessoa que ouve e se relacionar com uma pessoa que não ouve? Já que tenho know how suficiente para falar sobre isso, vou compartilhar a minha experiência. Este texto foi escrito pensando em surdos oralizados e em surdos que podem voltar a ouvir através da tecnologia, ok?
Na minha família, minha deficiência auditiva nunca foi a pauta do dia, até porque meu diagnóstico correto só veio aos 16 anos. Acho que quando soubemos da ‘deficiência auditiva bilateral progressiva moderadamente severa‘ em 1997 vivenciamos uma mistura de negação com segue-a-vida-do-jeito-que-dá. Na minha casa éramos eu, minha mãe, minha avó e meu irmão, e nós nunca sentamos e tivemos uma reunião familiar sobre a minha surdez. Se eu pudesse dar um conselho a vocês, diria: façam isso. Conversem abertamente sobre a surdez como uma família, escancarem os medos, angústias e necessidades de cada um, afinal, vocês vivem sob o mesmo teto e convivem com a surdez.A surdez de um familiar também é parte da família!! Já pararam para pensar no quanto isso é verdade e faz sentido? Se bobear, ela acaba virando o familiar mais expressivo e notado da casa toda – e a TV ligada no último volume e os milhares de ‘hãn’ estão aí para nos lembrar disso.
As pessoas me contam suas histórias e percebo que aquelas que têm um roteiro triste assim o são por falta de diálogo e de informação. Em muitos casos, o bullying acontece dentro da própria casa!!!
Num núcleo familiar podemos ter vários comportamentos e interações diferentes. Lembro que meu irmão nunca tocava nesse assunto comigo porque não queria me magoar nem me ver triste, e é a única pessoa que até hoje só fala comigo se eu estiver olhando para ele e me cutuca para me chamar. Minha mãe demorou anos até não querer mais estrangular alguém que me chamasse de ‘surda’. Minha vó tremeu na base quando decidi partir pro IC mas se manteve forte para não demonstrar seus medos e tirar minha coragem. Só a gente sabe o que rola dentro de casa com nossos familiares, não?
Os três fatores que considero primordiais na convivência de uma família de ouvintes que possui um ou mais membros com deficiência auditiva.
1.PACIÊNCIA, MUITA PACIÊNCIA
Ouvir e conviver com quem não ouve não é tarefa fácil. Você precisa respirar fundo dezenas de vezes por dia quando a pessoa dá os ombros, se magoa com algum comentário, se frustra porque não ouviu algo. Você vai precisar aprender a dominar a arte zen budista de colocar seus sentimentos e necessidades em segundo plano por um tempo, mas não caia na roubada de fazer isso a vida inteira.Você vai ter que ser os ouvidos do outro em várias situações, você vai ter que prestar mais atenção do que o normal nos sons da casa, você vai precisar prestar inúmeros favores telefônicos, você vai dar colo em muitas situações em que outro sofrer bullying ou for magoado por alguém, se bobear você até vai aprender a ler lábios e a antever respostas para perguntas desagradáveis. Você vai achar que virou um papagaio de tanto repetir as coisas. É assim mesmo. Quando somos pais, irmãos, avós ou tios de alguém que não ouve, essas tarefas são tranquilas. Quando somos cônjuges, precisamos avaliar se damos conta do recado de verdade. Eu sou a favor da paciência, precisei dela por 31 anos e hoje vejo como usei e abusei da paciência da minha família. Faria muita coisa diferente pois coloquei meu fardo nos ombros deles por birra, por preguiça e por negação. Como dizem por aí, ‘paciência tem limite’. Quando a pessoa que não ouve será de fato ajudada por aparelhos auditivos ou qualquer outra tecnologia para voltar ao mundo dos sons, acho que a família tem que buscar isso; se a pessoa se recusar ou não quiser, fazer o quê, mas penso que os familiares têm o direito de expressar seu descontentamento com esse egoísmo. Ser familiar de alguém que não ouve é ser lembrado quase 24 horas por dia de que precisamos nos colocar no lugar do outro antes de julgar ou apontar o dedão. É aprender como é estressante, frustrante e cansativo não ouvir, bem como ouvir e dividir a casa com quem não ouve.
2.INFORMAÇÃO, MUITA INFORMAÇÃO
Informação é poder. Conheço toda semana famílias que aceitam um diagnóstico de surdez com braços cruzados, fatalismo e uma dose exagerada de coitadismo. Isso não faz bem nem à pessoa que não ouve, nem aos familiares. Acho necessário esse empoderamento da família: todos devem saber o que é a surdez, como adaptar a casa para aquele que não escuta, quais são os direitos dessa pessoa, o que a tecnologia pode fazer por ela, como ajudá-la na escola ou no trabalho. Quando lidamos com alguma deficiência temos obrigação moral de saber tudo sobre ela, caso contrário, cairemos facilmente na conversa ou nos achismos alheios. E fazer parte de um núcleo familiar bem informado sobre o que acontece conosco nos dá confiança e segurança para lidar com quaisquer situações difíceis que aconteçam fora de casa. Empodere a sua família buscando e compartilhando toda informação possível sobre surdez, conecte-se com outras famílias que têm a mesma experiência de vida. Juntos somos mais fortes! Só não fique fechado numa concha sofrendo resignado à espera de um milagre
3.REABILITAÇÃO AUDITIVA, POR FAVOR!
Até que ponto uma pessoa que não ouve tem o direito de se fechar em seu mundinho e negar à sua família os benefícios da reabilitação auditiva? Aí está uma boa discussão moral! Se o indivíduo em questão pode usar aparelho auditivo ou implante coclear para voltar ao mundo dos sons e se recusa, está sendo egoísta. Hoje em dia tenho vergonha de lembrar das milhares de horas em que não quis usar aparelho auditivo em casa apenas porque não estava a fim, e com isso não fui um membro da família generoso e participativo – não ajudava a ouvir porta, interfone, campainha, telefone e tudo o mais simplesmente porque não queria me dar ao trabalho. Quando vejo alguém agindo assim, confesso que sinto vontade de puxar a pessoa para uma conversa. Acho que quem convive com alguém que não ouve tem não apenas o direito, mas também o dever de insistir na reabilitação auditiva. Recebo todos os dias mensagens de mães desesperadas porque seus filhos adolescentes entraram numa fase de se recusar a usar aparelho auditivo ou implante (principalmente por vergonha e vaidade, essa fase é fogo!). Coabitando uma casa, onde está escrito que os ouvintes devem gostar de TV no último volume, de ter que se preocupar com todos os barulhos sozinhos, de ter que repetir as coisas mil vezes, de ter que sair procurando a pessoa que não ouve pela casa cada vez que precisa falar com ela? Acho que quanto mais cedo uma pessoa que não ouve sai da concha de coitadinho ou do estado mental de isso-não-está-acontecendo-comigo-vou-negar-até-a-morte, melhor para a família inteira. Reabilitação auditiva é um direito da família e um dever da pessoa que não ouve. Depois de voltar a ouvir com o IC é que pude entender de uma vez por todas essa grande verdade. Faz MUITA diferença ser o tipo de pessoa que tira o máximo de proveito da tecnologia para ser proativo dentro de casa. É maravilhoso se propor a ser aquela pessoa que faz o melhor que pode com as ferramentas que tem em vez de ser aquela pessoa que se esconde atrás da deficiência auditiva.
Só depois de voltar a ouvir de verdade com um implante coclear é que tive o entendimento necessário de como o mundo sonoro é rápido, dinâmico e funciona na velocidade da luz.Quando o som bate e entra no nosso cérebro basta um centésimo de segundo para nos irritarmos com a falta de resposta a jato. Hoje não só entendo como perdôo muitos acontecimentos do passado que envolveram falta de paciência dos meus familiares comigo, pois só agora sou capaz de compreender o grau de paciência, zen budismo e força necessários para se conviver todos os dias com alguém que não ouve.
Algumas dicas para uma boa convivência
Não fique fazendo testes para comprovar a falta de audição do familiar que escuta mal, quando somos testados nos sentimos um lixo!
Não fale pela pessoa que não ouve, deixa ela se expressar como preferir na presença de outras pessoas;
Não apresente a pessoa que não ouve para os outros como se ela não estivesse no recinto ou como se não pudesse se apresentar sozinha, e em hipótese alguma chegue falando ‘Essa é a Fulana, ela não ouve‘ – você gostaria de ser apresentado para alguém dessa forma?
Se a família estiver reunida batendo papo e lhe for solicitado que repita algo, simplesmente repita. Para nós não há nada pior do que perguntar o que foi dito e ter como resposta um ‘Nada’, ‘Não importa’, ‘Bobagem’ e derivados. Parece que não merecemos saber!
Não infantilize a pessoa que não ouve deixando de confiar a ela certas tarefas apenas porque ela não ouve!
Não fique berrando feito louco de outro cômodo na esperança que a pessoa ouça, vá até ela e cutuque-a!
Em todas as situações possíveis faça um esforço para lembrar que uma pessoa que não ouve está envolvida, seja dentro do carro, seja no almoço de domingo ou onde for.
Articule bem os lábios enquanto fala e saiba que uma boa dicção da sua parte nos ajuda demais a entender o que você diz!
Não pergunte, quando estamos de aparelho, se ouvimos ou não ouvimos alguma coisa, especialmente se for em tom de teste. E em hipótese alguma diga, quando não entendermos ou ouvirmos algo, a péssima frase “Ah, mas você não está de aparelho?”
Se por acaso nosso tom de voz estiver alto, não diga em tom de deboche ‘você está berrandooooo!’. Não custa nada dar um toque mais sutil e carinhoso nesses momentos!
Deficiência auditiva não é deficiência de caráter e saiba que ninguém que ouve mal gostaria de estar passando por isso, portanto, tenha isso em mente quando se irritar ao precisar repetir uma frase ou palavra 3 vezes!
A adaptação aos aparelhos auditivos leva um bom tempo e eles podem machucar, irritar e nos deixar com dor de cabeça; seja compreensivo nos meses necessários para a adaptação!
Se estivermos deprimidos ou irritados em função da surdez, às vezes só precisamos de espaço para respirar fundo e conseguir reunir forças outra vez!
Não finja que nosso problema não existe: é só uma questão de adaptação a esta nova realidade!
Não diga coisas como ‘ah, você está se fazendo de louco‘ quando não ouvimos ou entendemos algo – não temos controle sobre a nossa surdez e muito menos sobre a sua falta de noção!
Não aja como se tivesse vergonha da nossa deficiência auditiva, nada nos magoa mais do que isso.
Essa semana atendi tantos pacientes com dificuldade de comunicação em situações simples do dia-a-dia que achei importante falar sobre isso mais um pouco. Na verdade, esse post é um complemento de outro mais antigo onde falo sobre como um ouvinte pode se comportar para facilitar a vida da pessoa com perda auditiva : Como conversar com alguém que usa aparelho auditivo?
Hoje as dicas são para o paciente:
Lembre-se que a maioria das pessoas não sabe como se comunicar com pacientes com perda auditiva.
Se achar conveniente informe que vc tem algum grau de dificuldade auditiva e que basta ele falar mais pausado e num volume audível que vocês conseguirão se comunicar. Agradeça pela ajuda antecipadamente. 🙂
PLANEJAMENTO: antecipe as situações que vc sabe que terá dificuldade e tente minimizá-las. Sente num lugar mais privilegiado, perto do falante, etc.
Evite locais barulhentos.
Preste atenção no falante. Num grupo, escolha 1 ou no máximo 2 pessoas para prestar atenção. Mas tenha expectativas realistas. Pergunte ao seu fonoaudiólogo o que vc pode esperar em termos de performance do seu aparelho auditivo e seu ouvido trabalhando juntos.
Se você escuta melhor de um ouvido, posicione-se de forma que o que te interessa ouvir chegue neste ouvido. E como saber se vc tem um lado melhor para entender? Simples: teste qual lado vc prefere ao telefone. É esse o melhor.
Arrume alguns intervalos para interromper longas conversas.
Não finja que escutou e entendeu. Sem sorrisos amarelos. Não fale somente ” O quê? ” ou ” Hã” se vc não entendeu. Você pode tentar algumas estratégias como:
“Você poderia repetir o que disse?”
“Você poderia dizer isso de uma forma diferente?”
Tentar reconfirmar o que foi dito. ” O que vc disse sobre a televisão?”
Mas não pergunte a todo momento … deixe a conversa fluir um pouco. Às vezes depois de um pouco vc já entenderá o assunto.
Se vc estiver muito cansado, deixe a conversa importante para depois.
Dando continuidade e finalmente encerrando o tema de compatibilidade (por enquanto, né?. ), desde quando isso existe? Pelas minhas pesquisas, faz mais ou menos uns 10 anos que as regras começaram a existir para os fabricantes de celulares. O objetivo destas regras é garantir menos estática, menos interferência e uma melhor conexão de bobina telefônica.
Então, como escolher o melhor celular?
Procure na embalagem, manual ou melhor, visite o site GARI antes de ir na loja.
Escolha a classificação M ( M3 ou M4) se você usa o telefone diretamente no microfone do aparelho auditivo.
Escolha a classificação T ( T3 ou T4) se você usa o modo de Bobina no seu aparelho auditivo para falar ao telefone.
Preferencialmente escolha um celular que tenha:
Controle de volume
Visor com controle de luminosidade
Opção de vibrar e flash de luz quando receber ligações
Diferentes tipos de sons para toque
Viva voz
E os aparelhos auditivos podem ser mais ou menos compatíveis com celular?
A resposta é sim. Isso ainda não é regulamentado mas nas fichas técnicas mais recentes aparelhos auditivos (2014) tenho visto a mesma escala de classificação de M1 a M4 e de T1 a T4. Mas vale lembrar que nem todos aparelhos tem essa compatibilidade. Há modelos que não usam componentes com imunidade de RF. A maioria no mercado com algum grau de imunidade é M2-T2. É um bom começo mas ainda há relatos de interferência do display, teclado e luz de fundo do celular quando se usa o modo bobina. Uma opção é desligar tudo que é possível no celular.
E como saber? Peça ao seu fonoaudiólogo para lhe mostrar a ficha técnica do aparelho auditivo que te interessa. Ela é mais ou menos assim: