Autor: Mirella

 

 

 

 

 

 

Outro dia navegando na internet, ou melhor, lendo alguns posts no Crônicas da Surdez, que amo por sinal, vi uma discussão bem interessante sobre esse tema.

Aí… pra variar resolvi pesquisar mais  para depois dar meus pitacos…  🙂

 

Cientificamente falando … a resposta é não mas pode ser sim.  Mas vamos explicar certinho…

Quando  a resposta é Não  –  a história está a favor dos aparelhos auditivos. Ou seja, até o momento não há nenhum estudo controlado e em grande escala comprovando  que isso realmente aconteça. Milhões de pessoas tem sido adaptadas no mundo todo sem agravamento da perda auditiva pelo uso do aparelho auditivo. Logo, até que se prove o contrário… um aparelho auditivo ajustado adequadamente, não piora a audição do usuário.

 

Quando a resposta pode ser Sim  –  existe sim uma linha de raciocínio que leva em conta a seguinte premissa:  sabe-se que sons em certas intensidades mais intensas, durante um certo período de tempo podem causar a chamada mudança temporária de limiar auditivo (TTS) que pode evoluir para uma mudança permanente de limiar auditivo (PTS) em ouvintes normais. Acredita-se que isso possa acontecer em pessoas com perda auditiva também.

Esclarecendo um pouco mais: O TTS ( temporary  treshold shift  ou mudança temporária do limiar auditivo) é uma mudança na sensibilidade auditiva que depende de diversos fatores como:  susceptibilidade individual,  intensidade do estímulo e tempo de exposição. Em geral, a recuperação ocorre gradualmente em até  3 horas após a estimulação. Há relatos que sons mais agudos  ( entre 2 e 6 Khz) em intensidades acima de 60- 80 dB (A) produzem mais TTS. Há ainda outra linha que critica o uso destes esses parâmetros de TTS e PTS quando se trata de perda auditiva. Na verdade é um assunto muito controverso…  mas, pensando nessa linha, se o aparelho auditivo estiver amplificando demais, ele pode sim gerar um TTS.

 

Na próxima semana darei meus pitacos….

 

Boa semana a todos!  🙂

Por: Mirella Horiuti

Para: www.naoescuto.com

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Acabei lendo no Hearing Matters.. bem legal esse informativo sobre durabilidade das pilhas.. e engatar que vale a pena uma pilha de boa qualidade….

Hearing Aid Battery Life Can Vary Widely

By Wayne Staab  ·

 

( A Vida das Baterias de Aparelhos Auditivos podem Variar Muito)

 

Quanto mais sofisticado o aparelho auditivo mais pilha ele consome?

DEPENDE. Se estivermos comparando aparelhos analógicos com um digital (nem precisa ser top de linha) minha resposta é SIM. Mas entre 2 aparelhos digitais (da mesma marca e tamanho de pilha) com tecnologia intermediária e top de linha… a resposta é NÃO. Atualmente, o que acho que faz diferença é a geração do amplificador… Ou seja, tenho a impressão que quanto mais novo o chip, mais rápido ele é e mais ele gasta.

Esse artigo que li fala basicamente sobre o que influencia na drenagem da corrente da pilha, ou seja, na sua vida útil.

O que tem que ficar claro é que mesmo SEM usar o aparelho, ou seja, com ele desligado, a pilha depois de usada a primeira vez ainda está gastando.

O número de horas de uso do AASI, sons fortes entrando no microfone, uso de bobina telefônica, umidade e temperatura do ar,…. tudo isso influencia e muito na vida útil da pilha.

As pilhas mais utilizadas ainda são as de Zinc-air (de zinco ativadas a ar).

 

Algumas dicas importantes:

 

Ativação

Retirando o selo de proteção, o processo começa e não pode mais ser parado. Ou seja, o ar começou a entrar na pilha ela já ativou.  Mas ATENÇÃO (segundo o artigo ):  a pilha não começa a descarregar se vc não colocar ela em uso.

Performance

Altas temperaturas com baixa umidade:  a bateria perde água mais rapidamente e tende a gastar mais.

Muita umidade: há corrosão ou aquela aparência que algo vazou e a pilha perde suas propriedades.

Baixa temperatura: a voltagem da pilha cai (fica menor que 1 volt) e a pilha dura menos.

Altas altitudes: o percentual de oxigênio é  do ar fica reduzido, a pilha dura menos.

Alta Altitude e baixa temperatura: combinação que faz a pilha durar bem menos.

 

 

 

Boa semana a todos!  🙂

Por: Mirella Horiuti

Para: www.naoescuto.com

 

 

 

Outro dia me pediram para escrever um artigo sobre esse tema. Como gosto muito de navegar pela internet e pesquisar para me atualizar antes de escrever, me deparei e me inspirei num dos melhores posts que já li na minha vida, escrito pelo Dr. Luciano Moreira do Portal Otorrino

Acabei me encantando tanto que virei fã.  Já era fã de carteirinha da esposa  e grande amiga Paula Pfeifer. Agora o fã clube aumentou.  Parabéns Luciano !   🙂

E para quem me lê por aqui…. vale a pena conferir o site com os artigos dele. Escritos por quem tem muito conhecimento na área com o cuidado de ser claro e fácil de ler.

Segue meu artigo inspirado:

Não é novidade que com o passar dos anos a incidência de perda auditiva aumenta, trata-se da conhecida presbiacusia: o envelhecimento natural do sistema auditivo. Estudos demonstram que cerca de um terço dos pacientes com mais de 65 anos já sofrem com perda de audição.

A questão é que, na maioria dos casos, pelo fato da perda de audição iniciar de modo lento,  não há fácil aceitação das dificuldades auditivas por parte do paciente. Em geral, num primeiro momento são as pessoas de convívio mais próximas que identificam as dificuldades: volume da TV mais alto, falsa distração, fingir que entendeu, o famoso “ Hã” durante as conversas e por aí segue. Mas é a família que deve estar atenta a esses sinais e tomar as providências para facilitar o dia-a-dia do idoso e assim melhorar sua qualidade de vida.

Nos últimos anos o tema perda de audição em idosos tem sido cada vez mais estudado na medicina. A relação entre a perda auditiva, problemas cognitivos, atrofia cerebral, demência e até depressão está sendo cada vez mais comprovada. A falta de estímulo sonoro (também conhecido como privação auditiva) com o tempo leva o idoso ao isolamento social pois exige muito esforço para entender o que se fala.

Após a identificação das dificuldades auditivas o próximo passo é procurar um médico especialista em ouvido para diagnóstico. Havendo a indicação de uso de aparelhos auditivos como tratamento, o paciente deve escolher o produto que mais atende suas necessidades auditivas. Vale lembrar que o quanto antes se iniciar esse tratamento mais fácil será a adaptação ao uso dos aparelhos auditivos. Começa então o processo de reabilitação auditiva, comandado pelo fonoaudiólogo especialista em adaptação de próteses auditivas. Mais uma vez a família desempenha um papel importantíssimo de apoio para garantir o sucesso do tratamento. Ainda há preconceito no uso das próteses auditivas mas graças aos avanços tecnológicos a qualidade sonora está cada vez mais natural e existem opções discretíssimas para aqueles que assim preferem.

O uso de aparelhos auditivos hoje deve ser encarado não somente como um tratamento para “ ajudar a ouvir melhor “ mas também como uma medida preventiva. A manutenção da estimulação sonora pelo aparelho auditivo funciona como uma “ginástica auditiva cerebral”, garantindo que as funções de entendimento de fala permaneçam ativas.

 

Boa semana a todos!  🙂

Por: Mirella Horiuti

Para: www.naoescuto.com

 

 

 

 

É impressionante como esse tópico é sempre atual…

Primeiro passo: consultar um médico especialista em ouvido (otorrinolaringologista) para diagnosticar ( se realmente há uma perda de audição ou não) e para tratar. Esse tratamento pode ser medicamentoso, cirúrgico ou uso de próteses auditivas.

Segundo passo: o tratamento indicado foi o uso de aparelhos auditivos. Muitas vezes o médico recomenda algum local ou fonoaudiólogo de sua confiança. Ótimo! Vc já tem o primeiro local para começar sua jornada de pesquisa 😉

Então aqui vai a primeira dica valiosa: JAMAIS compre sem testar. O ideal é fazer o teste em casa, no seu dia-a-dia. Dentro de uma sala fechada 99% dos aparelhos auditivos são bons. Empresas que não trabalham com teste domiciliar já podem ser descartadas de cara!  🙂

Costumo comparar  a compra de aparelhos auditivos com a compra de um carro.

Apesar de estarmos falando de um produto médico num caso e de um bem de consumo e de desejo no outro,  o processo de compra é muito similar. O número ideal de comparações é entre 3 e 5.

Eu sempre vou pelo 5 e tento classificar meus escolhidos levando em conta:

  1. conhecimento do profissional que me atendeu
  2. limpeza e higiene do local ( afinal é um produto de saúde!)
  3. simpatia no primeiro contato
  4. rapidez nas respostas
  5. tempo  da loja no mercado

Depois dessa primeira análise, vou mais à fundo nos detalhes.

Então vamos lá … quando vamos comprar um carro por onde começamos e  o que levamos em conta?

  1. Marca – é um produto de primeira ou segunda linha? Pergunte e pesquise na internet
  2. Modelo –  todo aparelho auditivo tem um nome. Pergunte, peça o prospecto e faça sua pesquisa na internet. Compare VOCÊ se os modelos que foram indicados para seu caso são parecidos ou não.
  3. Opcionais – no caso de aparelho auditivo, os opcionais são os recursos (número de canais, redutor de ruido, microfone direcional, etc)
  4. Preço – é direito seu saber o preço antes de testar. Aprendi com minha mãe que antes de experimentar um vestido ou sapato numa loja temos que saber o preço e daí decidirmos se aquilo cabe ou não em nosso bolso
  5. Garantia – Quanto tempo ? O que não cobre?
  6. Formas de Pagamento –  Parcelamentos, descontos à vista, etc
  7. Assistência técnica – com funciona, qto tempo demora?
  8. O que está incluso – Atendimentos, regulagens, audiometrias para acompanhamento, etc

Depois de comparar os ítens acima mais seu desempenho no teste domiciliar, fica bem mais fácil decidir.

Para saber um pouco mais…

Como escolher o melhor aparelho auditivo?

Boa semana a todos!  🙂

 

 

 

 

 

 

 

 

Aparelhos auditivos não são baratos. Isso é fato. Mas ao adquirir um aparelho auditivo, além de testar, verificar pontos importantes como marca, fabricante, período de garantia, atendimento, enfim, tudo que está incluso no produto, minha dica é colocar na balança :

De um lado os prós:

  • quanto ajuda
  • quantas horas vc pretende usar
  • vida útil estimada do produto
  • pilhas inclusas

Do outro lado os contras:

  • quanto custa
  • quanto incomoda
  • custo com pilhas

Depois disso, uma outra forma de avaliar o custo é dividir o preço do produto pela vida estimada do produto ou pelo tempo da garantia. Por exemplo:   Custo: R$ 8.000,00 o par       Vida útil:  4 anos     Garantia: 2 anos

Então, algumas reflexões:

  • De modo geral, o par de aparelhos vai custar  2000 reais  por ano.  Cerca 167 reais por mês pelos aparelhos.
  • Se formos mais pessimistas e pensarmos que vai durar somente o período de garantia (o que não é verdade), 4000 reais por ano e cerca de 167 reais por mês por cada aparelho.

E no final vc terá condições de avaliar o que realmente vale a pena.

Se decidiu comprar …

Uma opção bacana para quem não quer descapitalizar é o financiamento Acessibilidade que o Banco do Brasil oferece. Os juros são bem baixos e o parcelamento pode ser feito em até 60x.

Infelizmente muitos gerentes não sabem nem da existência dele.

#ficadica:  imprima ou tire uma foto da tela do computador para mostrar para o gerente que existe esse finaciamento.  🙂

Existem alguns bancos privados que fazem outros tipos de financiamento mas até onde sei os juros são bem mais altos que os do Banco do Brasil.

Vale ainda dizer que há alguns convênios médicos ( eu sei da CASSI e CABESP) que reembolsam parcial ou total. Antes de comprar seu aparelho, verifique com seu convênio médico se há algum tipo de reembolso e quais são as regras. NÃO caia na arapuca do tipo  …. ” temos um convênio com tal empresa com descontos 50-60%” . Isso não existe.  A dica é pesquisar SEMPRE !!!

 

 

Boa semana a todos!  🙂

Por: Mirella Horiuti

Para: www.naoescuto.com

 

S

 

 

Sempre que  experimentamos algo novo, levamos um tempo para nos adaptar…

Já diz o ditado que acostumar-se ao que é bom é fácil.

Com aparelhos auditivos isso não é diferente. 

O tempo para se habituar ao novo modo de perceber, escutar e entender o som demora entre 3 a 6 meses em média.

Quanto mais confortável for essa experiência, mais fácil será a transição para o uso contínuo.

Aqui vão algumas dicas para que isso aconteça:

  • No início, se vc estiver muito ansioso procure utilizar por um tempo limitado: 2 a 4 horas direto, com intervalos de descanso de 1 hora. Aos poucos vá aumentando o tempo de uso. Depois de um tempo vc nem vai perceber que está de aparelho.  🙂

 

  • Vc notará que está escutando de forma diferente. Isso é NORMAL!!! Dependendo da tecnologia do seu aparelho auditivo vc vai sentir mais ou menos diferença. Em geral, quanto mais sofisticado for o aparelho auditivo, menor a diferença. Costumo dizer que os 3 primeiros dias são recheados de novidades. E que achar que tudo está um pouco alto, perceber sons que não ouvia antes…. tudo isso faz parte nesse começo. Mas ATENÇÃO… depois desses 3 dias.. se algo incomodar …. volte no seu fonoaudiólogo e relate o que está sentindo. Seu aparelho auditivo precisa de ajuste.

 

  • O uso de aparelhos auditivos NÃO machuca. Nesses benditos 3 dias, se ao tirar vc pensar… nossa que alívio! Não se preocupe. É normal.  🙂 Agora…. se vc sentir dor ao colocar ou tirar, suspenda o uso e procure seu fonoaudiólogo.

 

  • Fique de olho na umidade. Ela pode ocasionar mal funcionamento de seu aparelho auditivo. Se puder escolher um produto com algum grau de resistência à água… sempre melhor. Mas de maneira geral, use um desumidificador diariamente e seque seus cabelos e orelhas sempre antes de usar um aparelho auditivo.

 

  • Depois do uso, limpe seus aparelhos auditivos. Principalmente a parte que fica encaixada dentro do seu ouvido por 2 motivos:
    • se tiver cera ou alguma sujeira na ponta, vai diminuir ou anular totalmente a efetividade do aparelho
    • higiene evita infecções

 

Boa semana a todos!  🙂

Por: Mirella Horiuti

Para: www.naoescuto.com

 

 

 

 

 

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Queridos amigos,

Para finalizar o ano de 2016 resolvi prestigiar um grande amigo e profissional: Dr Ítalo Medeiros. O assunto é TONTURA.  Vale a pena ver o vídeo. Muito bacana e fácil de entender. Tenho certeza que vai ajudar muita gente!

 

 

A mensagem que quero deixar é a seguinte: o profissional responsável pelo diagnóstico do seu problema auditivo ou de equilíbrio é o médico OTORRINOLARINGILOGISTA.  Ou seja, ele é quem vai tentar encontrar a causa do que você está sentindo e escolher o melhor tratamento (remédio, cirurgia, uso de aparelho auditivo, etc).

Se o tratamento indicado for o uso de aparelho auditivo, mais uma vez enfatizo:

PESQUISE, TESTE e COMPARE antes de  comprar.

 

Que 2017 seja um ótimo ano para todos nós!  🙂

Boa semana a todos!  🙂

Por: Mirella Horiuti

Para: www.naoescuto.com

 

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Outra semana me deparei com a seguinte situação por várias vezes: cuidadores de idosos me ligando para saber sobre o aparelho auditivo que estava em uso, se o que estava acontecendo era normal ou não, etc…

Então … aqui ficam algumas dicas para os cuidadores de usuários de aparelhos auditivos:

  • Evite o contato do aparelho auditivo com água e umidade. Lembre-se de retirar o aparelho auditivo da orelha antes mesmo de entrar no banheiro (por conta do vapor) e  desligue-o (através do compartimento de bateria). Guarde o aparelho auditivo no estojo bem longe dos animais e crianças.
  •  Se o usuário sua muito, seque a área de contato com frequência para reduzir a exposição do aparelho.
  • O uso de um desumidificador à noite pode aumentar a vida útil do aparelho auditivo.
  • Evite a exposição prolongada ao sol, aquecedores e secadores de cabelo.
  • Sempre lave suas mãos antes de manipular o aparelho auditivo.
  • Cuidado com quedas. Elas podem danificar peças e prejudicar o funcionamento dos aparelhos auditivos.
  • Controle o consumo das pilhas pelo calendário e pela média de uso. Ao colocar uma pilha nova, retire o selo, aguarde 1 minuto para ativação completa da pilha e depois utilize-a. O selo pode ser colocado no calendário para melhor controle da durabilidade. Cada tamanho de pilha tem uma durabilidade diferente.
  • Tenha à disposição um testador de baterias para verificar se a carga da pilha está boa em caso de dúvida.
  • Guarde as pilhas novas num local seco. Descarte as pilhas usadas no local adequado. Nunca em lixo comum.
  • Uso de retros: observe  se o tubinho de molde está rígido e necessita de troca.
  • Uso de intras:  observe se os filtros ( dos modelos intra e microcanais) estão  limpos e sem cera.
  • Acompanhamento com fonoaudiólogo: tenha sempre em mãos o telefone do local onde foi comprado o aparelho auditivo. A cada 6 meses agende uma consulta para verificar o funcionamento, performance e regulagem do aparelho auditivo.
  • Muitas vezes, no caso de microfonia ( apito), o tubo do molde pode estar quebrado, o molde folgado provocando o escape de som. Além disso, pode haver o acúmulo de cera  no conduto auditivo impedindo a passagem de som. Uma consulta médica será necessária nesse caso.
  • Reserve uma caixa para guardar o aparelho auditivo e todos seus acessórios. Manter tudo junto fica mais fácil no caso de um atendimento pelo fonoaudiólogo.
  • Nunca deixe o usuário guardar o aparelho auditivo. Geralmente eles colocam no bolso e esquecem. E o final da história é na máquina de lavar …
  • Se há o medo do usuário perder o aparelho, existem no mercado alguns prendedores que fixam o aparelho no cabo do óculos ou na roupa.
  •  E lembre-se de manter contato direto com a fonoaudióloga responsável pelo seu paciente . Ela pode te dar dicas valiosas sobre como se comunicar com ele.

Dicas para os familiares

Os familiares e cuidadores podem trabalhar em conjunto para facilitar o dia-a-dia do idoso usuário de aparelho auditivo.

Seguem os pontos principais que devem ser abordados:

  • Toda  a família deve saber que ele está usando aparelho auditivo e quais as dificuldades que o idoso apresenta.
  • Não é necessário falar alto ou gritar.
  • Se forem conversar, desligue qualquer outro som que esteja competindo ( televisão, rádio, etc). Ouvir com ruído é sempre mais difícil.
  • Agora basta falar de frente e pausado para que o idoso possa compreender o que se fala . As expressões faciais ajudam muito o entendimento.
  • O ideal é falar um de cada vez e sempre chamar a atenção do idoso antes, seja pelo seu nome ou com um simples toque no braço. O que funcionar melhor.

Nada como uma reunião de família para esclarecer o que está acontecendo e o que cada um deve fazer para ajudar.

Posso garantir que vale o nosso esforço para ajudar o outro. 🙂

 

 

 

Boa semana a todos!  🙂

Por: Mirella Horiuti

Para: www.naoescuto.com

 

 

 

 

 

 

cronicasda-surdez

 

Essa pergunta é boa.

Sempre pergunto aos meus pacientes se transpiram muito ou não. Mas essa não é a pergunta chave. O que precisamos saber é em quais situações o paciente transpira mais e se ele estará usando seu aparelho auditivo.

Na última semana a Paula Pfeifer do Cronicas da Surdez me pediu para falar sobre os aparelhos auditivos à prova d’àgua …

Qual a diferença entre aparelhos auditivos  “resistentes”  e  “ a prova d’água” ?

É  fato que suor e umidade sempre foram obstáculos  na vida de quem usa aparelho auditivo. Por outro lado, os fabricantes  desde 1900&bolinha  estão atrás de alguma solução realmente definitiva…

Bom… para começar a falar disso vou voltar um pouco no tempo… sempre lembrando que estamos falando de aparelhos auditivos retroauriculares (aqueles que ficam atrás da orelha).

Primeiro surgiram no mercado aparelhos auditivos com uma película de vedação na parte das caixas. Tudo ótimo… o problema era quando o aparelho precisava ir para a assistência técnica e perdia a vedação original de fábrica.

O tempo passou e surgiu o “Nanocoating” que era um tratamento especial nas caixas dos aparelhos que diminuía a permeabilidade de água e óleos. Com isso, a proteção contra umidade e suor melhorou muito. Nessa época trabalhava na fábrica da Siemens em SP e pude ver com meus próprios olhos o número de reparos diminuir cerca de 40%. Muitos aparelhos possuem isso até hoje. Na linha da Siemens/Signia, a maioria já vem com isso de fábrica.

Então… em 2011 começaram a surgir aparelhos à prova d’água e resistentes à água.

Antes de falar quem tem o que, vamos para os conceitos.

Todo aparelho auditivo que  se diz à prova ou resistente à água DEVE ter uma certificação IPR ou código IP , segundo as normas da IEC  ou EN60529.

Mas o que é isso?

IPR  significa INGRESS PROTECTION RATING , que em português podemos traduzir como ÍNDICE  DE PROTEÇÃO ou mais ao pé da letra  como  ÍNDICE  DE PROTEÇÃO DE ENTRADA.

Ele classifica o grau de proteção oferecido por um produto contra algo. Esse algo pode ser  pó, contato acidental, água e descarga elétrica.

O número IP é  composto por 2 números:  IP XX

Indicação IP Proteção contra partículas sólidasProteção contra líquidos
IPNúmero entre : 0–6Número entre: 0–9

 

 PRIMEIRO NÚMERO  – Proteção contra partículas sólidas

Grau Efetivo contra Descrição
0Sem proteção de contato ou entrada de objetos
1>50 mmQualquer superfície larga do corpo, como  palma da mão , mas sem proteção  no contato direto com  parte do corpo
2>12.5 mmDedos ou objetos similares
3>2.5 mmFerramentas, fio grosso, etc.
4>1 mmFios em geral, parafusos pequenos, etc.
5Proteção contra póEntrada de pó parcial permitida mas não pode haver quantidade suficiente para interferir  no funcionamento do produto
6Proteção efetiva contra póSem entrada de pó. Proteção total. O teste deve durar  8 horas

 

SEGUNDO NÚMERO  – Proteção contra líquidos (água)

GrauProteção contraEfetivo contraDetalhes
0Nada
1Gotejamento de águaGotejamento vertical – não pode danificar o produtoDuração do teste: 10 minutos
Quantidade de água equivalente a 1 mm de chuva por minuto
2Gotejamento de água inclinada a 15°Gotejamento vertical e inclinado a 15° – não pode danificar o produto. São 4 posições testadas em dois eixosDuração do teste: 2.5 minutos em cada direção (10 minutos no total)
Quantidade de água equivalente a 3 mm de chuva por minuto
3Pulverização de águaPulverização de água em qualquer ângulo até  60° do eixo vertical  – não pode danificar o produto

 

Duração do teste: 1 minuto por m2 por 5 minutos

Volume de água: 10 litros por minuto

Pressão: 50–150 kPa

4Borrifamento de águaBorrifamento de água – não pode danificar o produtoDuração do teste: 10 minutos
5Jatos de águaJatos de água saindo de um bocal de 6.3 mm em qualquer direção- não pode danificar o produto

 

Duração do teste: 1 minuto por m2 por 3 minutos

Volume de água: 12.5 litros por minuto

Pressão: 30 kPa a 3 m

6Jatos fortes de águaJatos fortes de água saindo de um bocal de 12.5 mm em qualquer direção- não pode danificar o produtoDuração do teste: 1 minuto por m2 por 3 minutos

Volume de água: 100 litros por minuto

Pressão: 100 kPa a 3 m

6KJatos fortes de água com pressãoJatos fortes de água com pressão saindo de um bocal de 6.3 mm em qualquer direção – não pode danificar o produtoDuração do teste:  3 minutos

Volume de água: 75 litros por minuto

Pressão: 1000 kPa a 3 m

7Imersão até 1 metroImersão até 1 metro sem entrada de águaDuração do teste:  30 minutos
8Imersão de 1 metro ou maisImersão de 1 metro ou mais de forma contínua – não pode danificar o produto

 

Duração do teste:  definido pelo fabricante

Profundidade: em geral até 3m

9KJatos fortes de água em alta temperaturaJatos fortes de água em alta temperatura –  não pode danificar o produtoDuração do teste: 30 segundos em  4 ângulos diferentes ( 2 minutos no total)

Volume de água : 14–16 litros por minute

Pressão: 8–10 MPa (80–100 bar) a  0.10–0.15 m

Temperatura da água:  80 °C

 

E o que temos disponível no Mercado?

Resistentes à água:  IP67  ( como o Iphone 7 e alguns aparelhos auditivos do mercado)

À prova d’ água : IP68 ( como o Aquaris da Siemens)

Não há dúvida que essas proteções contra pó (IP5x ou IP6x) e água ( IPx7 e IPx8) foram um grande avanço …

 

Mas não podemos esquecer o seguinte:

  • Esses testes foram feitos em laboratórios em condições controladas. Eles não representam o dia-a-dia do usuário em 100%.
  • Os testes não consideram o uso repetido durante anos
  • Não há nenhum aparelho auditivo certificado ( por enquanto) que considere o efeito da água salgada e suor.

E então…quando escolho um resistente ou à prova de água?

Se o paciente sua muito (daqueles que ficam com o cabelinho perto do pescoço sempre molhado)…mesmo sem ter uma vida ativa em relação aos esportes… não pestanejo. Sempre indico um aparelho no mínimo resistente à água.
Agora, se o paciente quer nadar com aparelho auditivo sem preocupação ou vive num local muito úmido (tipo Manaus) ou já tem algum histórico de suor estragar o aparelho auditivo … tem que ser à prova d´água.
Ainda acredito que os aparelhos devem melhorar muito..
Continuo sonhando com o dia no qual os aparelhos auditivos customizados (intras e microcanais) tenham algum tipo de proteção total contra umidade e cera líquida !  🙂

 

Boa semana a todos!  🙂

Por: Mirella Horiuti

Para: www.naoescuto.com

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