smile3AASipifou

Praticamente todo dia alguém me pergunta isso. E estão sempre se referindo aos modelos internos, que ficam dentro da orelha. A resposta é fácil e simples: DEPENDE. Em alguns casos pode ser a melhor opção e em outros a pior.

No mercado há algumas marcas que ainda utilizam o conceito de menor – aparece menos então, é mais caro. Nesse caso, aparelhos menores com tecnologia simples são bem mais caros do que os que aparecem mais, em geral os retroauriculares, mesmo com tecnologia melhor. Mas, a grande maioria utiliza o conceito de mais tecnologia – mais caro.  Para mim, esse é o correto e o que faz sentido. Pois é a tecnologia melhor que vai propiciar um melhor entendimento de fala e não o tamanho do aparelho auditivo.

Quando esse assunto de tamanho vem à tona, lembro sempre da Paula Pfeifer  do Crônicas da Surdez e da sua opinião quanto ao discreto. Sempre ofereceram à ela o modelo intra dizendo que o discreto-invisível era o melhor. Nunca haviam questionado as dificuldades que ela tinha. O critério da indicação foi ela é jovem,  não pode aparecer muito e ponto final.

Ficam aqui minhas dicas levar em conta na escolha do melhor aparelho auditivo para seu caso:

  • Quem vai usar o aparelho auditivo é você. Não seu acompanhante e nem a fonoaudióloga que está indicando o modelo. Então, você deve SIM falar para ela o que você quer ou não quer num aparelho auditivo.
  • O modelo mais adequado é aquele que vai melhorar ou até resolver as suas dificuldades. Então, não se intimide: pergunte !!! Simples assim:  “No que esse aparelho vai me ajudar para entender televisão?” por exemplo.
  • Eu, como fonoaudióloga, tento conciliar da melhor maneira possível o que o paciente deseja e termos de tamanho com o que ele precisa em relação às dificuldades auditivas. Quando não consigo, exponho os prós e contras de cada modelo e JUNTOS escolhemos a melhor opção. É assim que deve ser: tudo claro e transparente.
  • Procure no mínimo duas marcas e/ou opiniões sobre seu caso se você não ficou satisfeito ou em dúvida com o modelo e tecnologia indicados para seu caso. Lembre-se que as marcas tem produtos diferentes!

 

Aproveito o post para desejar um ótimo Natal e Ano Novo para todos!  natal1

 

Por: Mirella Horiuti

Para: www.naoescuto.com

 

 

 

 

E lá vou eu compartilhar mais um post maravilhoso do Cronicas da Surdez.

Cronicas

COMO SE RELACIONAR COM UMA PESSOA QUE NÃO OUVE: A FAMÍLIA

Passei minha vida inteira sendo uma pessoa que não escutava, e minha audição foi piorando gradativamente até chegar num nível impraticável – foi aí que corri atrás do implante coclear. Hoje sou capaz de entender as minúcias do que a surdez causou nos meus relacionamentos, especialmente no que diz respeito à minha família, mas essa capacidade só chegou com meu retorno ao mundo sonoro. Nós passamos a maior parte do tempo com os nossos familiares, e são eles que aguentam nossas descargas de frustração, agressividade, raiva e depressão.

Vejo muitas pessoas perdidas quando se trata deste assunto. Como ser uma pessoa que ouve e se relacionar com uma pessoa que não ouve? Já que tenho know how suficiente para falar sobre isso, vou compartilhar a minha experiência. Este texto foi escrito pensando em surdos oralizados e em surdos que podem voltar a ouvir através da tecnologia, ok?

familia

Na minha família, minha deficiência auditiva nunca foi a pauta do dia, até porque meu diagnóstico correto só veio aos 16 anos. Acho que quando soubemos da ‘deficiência auditiva bilateral progressiva moderadamente severa‘ em 1997 vivenciamos uma mistura de negação com segue-a-vida-do-jeito-que-dá. Na minha casa éramos eu, minha mãe, minha avó e meu irmão, e nós nunca sentamos e tivemos uma reunião familiar sobre a minha surdez. Se eu pudesse dar um conselho a vocês, diria: façam isso. Conversem abertamente sobre a surdez como uma família, escancarem os medos, angústias e necessidades de cada um, afinal, vocês vivem sob o mesmo teto e convivem com a surdez.A surdez de um familiar também é parte da família!! Já pararam para pensar no quanto isso é verdade e faz sentido? Se bobear, ela acaba virando o familiar mais expressivo e notado da casa toda – e a TV ligada no último volume e os milhares de ‘hãn’ estão aí para nos lembrar disso.

As pessoas me contam suas histórias e percebo que aquelas que têm um roteiro triste assim o são por falta de diálogo e de informação. Em muitos casos, o bullying acontece dentro da própria casa!!!

Num núcleo familiar podemos ter vários comportamentos e interações diferentes. Lembro que meu irmão nunca tocava nesse assunto comigo porque não queria me magoar nem me ver triste, e é a única pessoa que até hoje só fala comigo se eu estiver olhando para ele e me cutuca para me chamar. Minha mãe demorou anos até não querer mais estrangular alguém que me chamasse de ‘surda’. Minha vó tremeu na base quando decidi partir pro IC mas se manteve forte para não demonstrar seus medos e tirar minha coragem. Só a gente sabe o que rola dentro de casa com nossos familiares, não?

Os três fatores que considero primordiais na convivência de uma família de ouvintes que possui um ou mais membros com deficiência auditiva.

1.PACIÊNCIA, MUITA PACIÊNCIA

Ouvir e conviver com quem não ouve não é tarefa fácil. Você precisa respirar fundo dezenas de vezes por dia quando a pessoa dá os ombros, se magoa com algum comentário, se frustra porque não ouviu algo. Você vai precisar aprender a dominar a arte zen budista de colocar seus sentimentos e necessidades em segundo plano por um tempo, mas não caia na roubada de fazer isso a vida inteira.Você vai ter que ser os ouvidos do outro em várias situações, você vai ter que prestar mais atenção do que o normal nos sons da casa, você vai precisar prestar inúmeros favores telefônicos, você vai dar colo em muitas situações em que outro sofrer bullying ou for magoado por alguém, se bobear você até vai aprender a ler lábios e a antever respostas para perguntas desagradáveis. Você vai achar que virou um papagaio de tanto repetir as coisas. É assim mesmo. Quando somos pais, irmãos, avós ou tios de alguém que não ouve, essas tarefas são tranquilas. Quando somos cônjuges, precisamos avaliar se damos conta do recado de verdade. Eu sou a favor da paciência, precisei dela por 31 anos e hoje vejo como usei e abusei da paciência da minha família. Faria muita coisa diferente pois coloquei meu fardo nos ombros deles por birra, por preguiça e por negação. Como dizem por aí, ‘paciência tem limite’. Quando a pessoa que não ouve será de fato ajudada por aparelhos auditivos ou qualquer outra tecnologia para voltar ao mundo dos sons, acho que a família tem que buscar isso; se a pessoa se recusar ou não quiser, fazer o quê, mas penso que os familiares têm o direito de expressar seu descontentamento com esse egoísmo. Ser familiar de alguém que não ouve é ser lembrado quase 24 horas por dia de que precisamos nos colocar no lugar do outro antes de julgar ou apontar o dedão. É aprender como é estressante, frustrante e cansativo não ouvir, bem como ouvir e dividir a casa com quem não ouve.

2.INFORMAÇÃO, MUITA INFORMAÇÃO

Informação é poder. Conheço toda semana famílias que aceitam um diagnóstico de surdez com braços cruzados, fatalismo e uma dose exagerada de coitadismo. Isso não faz bem nem à pessoa que não ouve, nem aos familiares. Acho necessário esse empoderamento da família: todos devem saber o que é a surdez, como adaptar a casa para aquele que não escuta, quais são os direitos dessa pessoa, o que a tecnologia pode fazer por ela, como ajudá-la na escola ou no trabalho. Quando lidamos com alguma deficiência temos obrigação moral de saber tudo sobre ela, caso contrário, cairemos facilmente na conversa ou nos achismos alheios. E fazer parte de um núcleo familiar bem informado sobre o que acontece conosco nos dá confiança e segurança para lidar com quaisquer situações difíceis que aconteçam fora de casa. Empodere a sua família buscando e compartilhando toda informação possível sobre surdez, conecte-se com outras famílias que têm a mesma experiência de vida. Juntos somos mais fortes! Só não fique fechado numa concha sofrendo resignado à espera de um milagre

3.REABILITAÇÃO AUDITIVA, POR FAVOR!

Até que ponto uma pessoa que não ouve tem o direito de se fechar em seu mundinho e negar à sua família os benefícios da reabilitação auditiva? Aí está uma boa discussão moral! Se o indivíduo em questão pode usar aparelho auditivo ou implante coclear para voltar ao mundo dos sons e se recusa, está sendo egoísta. Hoje em dia tenho vergonha de lembrar das milhares de horas em que não quis usar aparelho auditivo em casa apenas porque não estava a fim, e com isso não fui um membro da família generoso e participativo – não ajudava a ouvir porta, interfone, campainha, telefone e tudo o mais simplesmente porque não queria me dar ao trabalho. Quando vejo alguém agindo assim, confesso que sinto vontade de puxar a pessoa para uma conversa. Acho que quem convive com alguém que não ouve tem não apenas o direito, mas também o dever de insistir na reabilitação auditiva. Recebo todos os dias mensagens de mães desesperadas porque seus filhos adolescentes entraram numa fase de se recusar a usar aparelho auditivo ou implante (principalmente por vergonha e vaidade, essa fase é fogo!). Coabitando uma casa, onde está escrito que os ouvintes devem gostar de TV no último volume, de ter que se preocupar com todos os barulhos sozinhos, de ter que repetir as coisas mil vezes, de ter que sair procurando a pessoa que não ouve pela casa cada vez que precisa falar com ela? Acho que quanto mais cedo uma pessoa que não ouve sai da concha de coitadinho ou do estado mental de isso-não-está-acontecendo-comigo-vou-negar-até-a-morte, melhor para a família inteira. Reabilitação auditiva é um direito da família e um dever da pessoa que não ouve. Depois de voltar a ouvir com o IC é que pude entender de uma vez por todas essa grande verdade. Faz MUITA diferença ser o tipo de pessoa que tira o máximo de proveito da tecnologia para ser proativo dentro de casa. É maravilhoso se propor a ser aquela pessoa que faz o melhor que pode com as ferramentas que tem em vez de ser aquela pessoa que se esconde atrás da deficiência auditiva.

Só depois de voltar a ouvir de verdade com um implante coclear é que tive o entendimento necessário de como o mundo sonoro é rápido, dinâmico e funciona na velocidade da luz.Quando o som bate e entra no nosso cérebro basta um centésimo de segundo para nos irritarmos com a falta de resposta a jato. Hoje não só entendo como perdôo muitos acontecimentos do passado que envolveram falta de paciência dos meus familiares comigo, pois só agora sou capaz de compreender o grau de paciência, zen budismo e força necessários para se conviver todos os dias com alguém que não ouve.

Algumas dicas para uma boa convivência

  • Não fique fazendo testes para comprovar a falta de audição do familiar que escuta mal, quando somos testados nos sentimos um lixo!
  • Não fale pela pessoa que não ouve, deixa ela se expressar como preferir na presença de outras pessoas;
  • Não apresente a pessoa que não ouve para os outros como se ela não estivesse no recinto ou como se não pudesse se apresentar sozinha, e em hipótese alguma chegue falando ‘Essa é a Fulana, ela não ouve‘ – você gostaria de ser apresentado para alguém dessa forma?
  • Se a família estiver reunida batendo papo e lhe for solicitado que repita algo, simplesmente repita. Para nós não há nada pior do que perguntar o que foi dito e ter como resposta um ‘Nada’, ‘Não importa’, ‘Bobagem’ e derivados. Parece que não merecemos saber!
  • Não infantilize a pessoa que não ouve deixando de confiar a ela certas tarefas apenas porque ela não ouve!
  • Não fique berrando feito louco de outro cômodo na esperança que a pessoa ouça, vá até ela e cutuque-a!
  • Em todas as situações possíveis faça um esforço para lembrar que uma pessoa que não ouve está envolvida, seja dentro do carro, seja no almoço de domingo ou onde for.
  • Articule bem os lábios enquanto fala e saiba que uma boa dicção da sua parte nos ajuda demais a entender o que você diz!
  • Não pergunte, quando estamos de aparelho, se ouvimos ou não ouvimos alguma coisa, especialmente se for em tom de teste. E em hipótese alguma diga, quando não entendermos ou ouvirmos algo, a péssima frase “Ah, mas você não está de aparelho?”
  • Se por acaso nosso tom de voz estiver alto, não diga em tom de deboche ‘você está berrandooooo!’. Não custa nada dar um toque mais sutil e carinhoso nesses momentos!
  • Deficiência auditiva não é deficiência de caráter e saiba que ninguém que ouve mal gostaria de estar passando por isso, portanto, tenha isso em mente quando se irritar ao precisar repetir uma frase ou palavra 3 vezes!
  • A adaptação aos aparelhos auditivos leva um bom tempo e eles podem machucar, irritar e nos deixar com dor de cabeça; seja compreensivo nos meses necessários para a adaptação!
  • Se estivermos deprimidos ou irritados em função da surdez, às vezes só precisamos de espaço para respirar fundo e conseguir reunir forças outra vez!
  • Não finja que nosso problema não existe: é só uma questão de adaptação a esta nova realidade!
  • Não diga coisas como ‘ah, você está se fazendo de louco‘ quando não ouvimos ou entendemos algo – não temos controle sobre a nossa surdez e muito menos sobre a sua falta de noção!
  • Não aja como se tivesse vergonha da nossa deficiência auditiva, nada nos magoa mais do que isso.

 

 

Valeu Paula!  Vc é o máaaaaaaaaaaaaaaaximo!   🙂 

 

 

Boa semana a todos.

 

Por: Mirella Horiuti

Para: www.naoescuto.com

 

 

 

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Essa semana atendi tantos pacientes com dificuldade de comunicação  em situações simples do dia-a-dia que achei importante falar sobre isso mais um pouco. Na verdade, esse post é um complemento de outro mais antigo onde falo sobre como um ouvinte pode se comportar para facilitar a vida da pessoa com perda auditiva : Como conversar com alguém que usa aparelho auditivo?

Hoje as dicas são para o paciente:

  • Lembre-se  que a maioria das pessoas não sabe como se comunicar com pacientes com perda auditiva.
  • Se achar conveniente informe que vc tem algum grau de dificuldade auditiva e que basta ele falar mais pausado e num volume audível que vocês conseguirão se comunicar. Agradeça pela ajuda antecipadamente. 🙂
  • PLANEJAMENTO: antecipe as situações que vc sabe que terá dificuldade e tente minimizá-las. Sente num lugar mais privilegiado, perto do falante, etc.
  • Evite locais barulhentos.
  • Preste atenção no falante. Num grupo, escolha 1 ou no máximo 2 pessoas para prestar atenção. Mas tenha expectativas realistas. Pergunte ao seu fonoaudiólogo o que vc pode esperar em termos de performance do seu aparelho auditivo e seu ouvido trabalhando juntos.
  • Se você escuta melhor de um ouvido, posicione-se  de forma que o que te interessa ouvir chegue neste ouvido. E como saber se vc tem um lado melhor para entender? Simples: teste qual lado vc prefere ao telefone. É esse o melhor.
  • Arrume alguns intervalos para interromper longas conversas.
  • Não finja que escutou e entendeu. Sem sorrisos amarelos. Não fale somente  ” O quê? ”  ou ” Hã” se vc não entendeu.  Você pode tentar algumas estratégias como:
    • “Você poderia repetir o que disse?”
    • “Você poderia dizer isso de uma forma diferente?”
    • Tentar reconfirmar o que foi dito. ” O que vc disse sobre a  televisão?”
  • Mas não pergunte a todo momento … deixe a conversa fluir um pouco. Às vezes depois de um pouco vc já entenderá o assunto.
  • Se vc estiver muito cansado, deixe a conversa importante para depois.
  • Tente relaxar e seja positivo!  🙂

 

Boa semana a todos!   :)

 

Por Mirella Horiuti

Para www.naoescuto.com

 

 

 

telefonetelefonetelefone

Dando continuidade e finalmente encerrando o tema de compatibilidade (por enquanto, né?. ), desde quando isso existe? Pelas minhas pesquisas, faz mais ou menos uns 10 anos que as regras começaram a existir para os fabricantes de celulares. O objetivo destas regras é garantir menos estática, menos interferência e uma melhor conexão de bobina telefônica.

Então, como escolher o melhor celular?

Procure na embalagem, manual ou melhor, visite o site GARI antes de ir na loja.

Escolha a classificação  M  ( M3 ou M4) se você usa o telefone diretamente no microfone do aparelho auditivo.

Escolha a classificação  T ( T3 ou T4) se você usa o modo de Bobina no seu aparelho auditivo para falar ao telefone.

Preferencialmente escolha um celular que tenha:

  • Controle de volume
  • Visor  com controle de luminosidade
  • Opção de vibrar e flash de luz quando receber ligações
  • Diferentes tipos de sons  para toque
  • Viva voz

E os aparelhos auditivos podem ser mais ou menos compatíveis com celular?

A resposta é sim. Isso ainda não é regulamentado mas nas fichas técnicas mais recentes aparelhos auditivos (2014) tenho visto a mesma escala de classificação de M1 a M4 e de T1 a T4. Mas vale lembrar que nem todos aparelhos tem essa compatibilidade. Há modelos que não usam componentes com imunidade de RF. A  maioria no mercado com algum grau de imunidade é M2-T2. É um bom começo mas ainda há relatos de interferência do display, teclado e luz de fundo do celular quando se usa o modo bobina. Uma opção é desligar tudo que é possível no celular.

E como saber? Peça ao seu fonoaudiólogo para lhe mostrar a ficha técnica do aparelho auditivo que te interessa. Ela é mais ou menos assim:

Exemplo de microcanal:

FichaTecnicaMicrocanalMiconSiemens

Exemplo de intracanal com bobina:

FichaTecnicaIntracanalMiconSiemens

Exemplo de RIC (receptor no canal) com bobina:

FichaPure7BINAXSiemens

A melhor opção hoje é usar um aparelho auditivo M4-T4 e um celular M4-T4.

Antes de comprar teste !  🙂

Para finalizar, uma outra dica é entrar no Phonescoop para saber mais sobre os telefones que tem por aí. É um site americano.

Siga as dicas depois de entrar no site:

–  clique em  PHONE FINDER ( na esquerda)

– selecione SHOW ALL OPTIONS

– depois desça a página e procure pelo item HEARING AID COMPATIBLE  e selecione o que vc deseja

–  clique em SEARCH

O site vai te fornecer um monte de opções. Vc pode usar outros filtros como escolher marca, tamanho, etc

 

Boa semana a todos!   🙂

 

Por: Mirella Horiuti

Para: www.naoescuto.com

 

telefone telefone  telefone

E lá vamos nós!  🙂

Telefones sem fio analógicos  geralmente não geram interferência nos aparelhos auditivos. Já nos caso de telefones digitais sem fio a questão é outra… Pode haver interferência por causa da antena eletromagnética do telefone, iluminação do telefone, etc.

Nos Estados Unidos, quem controla a compatibilidade entre aparelhos auditivos (HAC – Hearing Aid Compatibility) e telefones digitais sem fio (inclusive celulares) é um orgão chamado FCC. Todo telefone deve obedecer as regras da  American National Standard Institute (ANSI) standard C63.19. Os telefones são classificados de acordo com o tanto de interferência que causam nos aparelhos auditivos. A interferência pode ser por RF ( radio frequência), M (microfone) e T (bobina telefônica).

A regra básica diz que para ser COMPATÍVEL todo telefone sem fio deve ser no mínimo  M3 ou T3. Essa informação já deve estar visível na embalagem no produto.

Mas o que significa isso?

Vamos lá…

O M significa que o modo de telefone a ser utilizado é o Modo Acústico.

E o T significa que a bobina telefônica está em uso (Modo Bobina).

A escala de classificação vai de 1 à 4.  Quanto maior o número, mais compatível é o telefone. Ou seja, mais claro é o som e menos interferência tem.

M1 ou T1  – ruim (sem compatibilidade)

M2 ou T2  – básica (sem compatibilidade)

M3 ou T3 – boa

M4 ou T4  – excelente

E aonde encontramos essa informação?

No Brasil, ainda depende muito do fabricante. Na maioria dos modelos está em algum lugar no manual. Mas já vi alguns manuais sem nada de informação.

Hoje conseguimos achar bastante coisa na internet e facilita a vida…Achei essas páginas (com todas em informações em inglês… é claro) mas podem ajudar bastante:

Site da Verizon – exibe os modelos M3- T3 -M4 – T4 que eles vendem

Site da Better Hearing institute – tem alguns modelos mas me parecem mais antigos

Mas… após navegar bastante… meus pedidos foram atendidos…

Alguém já ouviu falar do  site GARI?

Isso mesmo!  Olha só que bacana…

GARI1 GARI2

Então….  #ficadica 1

Entre no site do GARI e faça a pesquisa do grau de compatibilidade do seu celular ou daquele que vc está namorando… Vc pode até pesquisar por fabricante e modelo!  🙂

GARI3

 

#ficadica2

Se  vc está com dificuldades de falar ao telefone e já verificou com seu fonoaudiólogo que o seu aparelho auditivo está bem ajustado,  verifique a compatibilidade do seu telefone . Se a solução for adquirir um novo….antes de trocar seu celular:

  •  pesquise o grau de compatibilidade
  • teste vários modelos
  • depois decida

 

Boa semana a todos!  🙂

 

Por: Mirella Horiuti

Para: www.naoescuto.com

 

 

 

 

 

 

 

telefonetelefonetelefone

Esse é um assunto que dá pano para manga… Antes de entrar no mérito da questão, falando de compatibilidade, resolvi voltar um pouco no tema …

Primeiro vamos esclarecer alguns pontos. Hoje existem 3 modos principais de se falar ao telefone com aparelhos auditivos.

1. Modo Acústico – é a simples aproximação do fone do telefone (parte superior) para próximo do aparelho auditivo. Sendo mais específica, próximo ao microfone do aparelho auditivo. Dependendo do modelo a posição do telefone poderá ser diferente. Quem capta todo o som do telefone é o microfone do aparelho auditivo. Além disso, dependendo da potência e tecnologia (em eliminar os apitos-microfonia) do aparelho auditivo, poderá ocorrer a famosa microfonia e distorção. Se isso acontece, muitos usuários acabam preferindo tirar o aparelho para falar no telefone. Mas não se preocupe. Alguma solução existe para todo caso! 🙂

Fale com seu fonoaudiólogo!

A seta mostra o local do microfone de cada modelo. O ideal é aproximar o máximo o telefone deste microfone sem microfonia.

Intras&Telefonebte&telefone

2. Modo Bobina –  neste modo, o microfone do aparelho auditivo é desligado e todo o som que sai do telefone é enviado por um campo magnético e captado pela bobina telefônica (T) do aparelho auditivo. A vantagem  é que não há mais microfonia ( Isso mesmo! Nada de apitos!) mas por outro lado o aparelho auditivo deve ter uma bobina telefônica e a posição do telefone no aparelho auditivo pode variar de acordo com o modelo. Atenção: quando o aparelho entra no modo bobina (T) o microfone é desligado. Então, o paciente não ouvirá nada do ambiente. Existem aparelhos que tem a opção MT, onde metade do sinal vem da bobina e  metade do microfone. Neste caso há chance de microfonia mas o paciente escuta o que acontece ao seu redor. A bobina está mais presente nos modelos retroauriculares mas existem intras (exceto microcanal) com bobina também.

A seta mostra o local que se deve aproximar o telefone para cada modelo.

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Atualmente há dois tipos de funcionamento de bobina: a convencional (o usuário deve mudar o programa o aparelho auditivo através de um botão para ativar o bobina – lembrando que depois de falar no telefone ele deverá apertar o botão de novo para voltar ao funcionamento normal do aparelho auditivo) e  a automática (ao aproximar o telefone do aparelho auditivo, este reconhece o campo magnético e muda o programa automaticamente, ativando a bobina. Depois de terminada a conversa, basta afastar o telefone do aparelho auditivo e tudo volta ao normal).

3. Conexão via Bluetooth –  este tipo de conexão está disponível há menos de 10 anos no mercado. É relativamente nova e muito vantajosa. E por que ?  Simples… o som do telefone sai direto nos aparelhos auditivos  sem a necessidade de aproximar o telefone.  É como se os aparelhos auditivos virassem fones de ouvido. Além disso, como o som sai nos 2 ouvidos, o entendimento de fala é muito melhor pois tenho 2 ouvidos trabalhando ao mesmo tempo. Dependendo da marca é necessário um acessório intermediário (controle remoto). Essa é a famosa “conectividade” que os fabricantes falam. A última novidade ( que particularmente sou fã) são os aplicativos de celular.  Várias marcas já tem disponíveis Apps para alterar programas e controle de volume.

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No próximo post falaremos sobre a famosa compatibilidade.

Boa semana a todos!  🙂

Por: Mirella Horiuti

Para: www.naoescuto.com

 

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Muita gente usa essas duas palavras como sinônimos mas na verdade, não são.

 OUVIR  significa ter recebido a informação, ou seja, perceber a existência de um som. De maneira geral, não temos controle sobre o OUVIR (somente se fecharmos nossos ouvidos ou sairmos de algum lugar).Chamamos isso de audibilidade. Com o uso de aparelhos auditivos, devolvemos esta audibilidade aos usuários.

ESCUTAR significa ter atenção ao som e atribuir à ele um significado. Temos total controle sobre o ESCUTAR. Para compreender o som que chega, não basta só detectá-lo, temos que prestar atenção e interpretá-lo.

Logo, para ESCUTAR é necessário OUVIR primeiro.

Como mencionei antes, o uso dos aparelhos auditivos ( bem ajustados, é claro)  devolve a audibilidade ao usuário. E a compreensão? Qual a forma de melhorar o ESCUTAR?

Não existe fórmula mágica e sim algumas dicas que podem ajudar a ESCUTAR:

  • Usar aparelho auditivo nos 2 ouvidos é sempre melhor ( salvo algumas exceções – fale com seu fonoaudiólogo).
  • Use seus aparelhos auditivos  no mínimo 8 horas por dia. Seus ouvidos precisam se habituar a ouvir mais! 🙂
  • Como diz a fonoaudióloga (e grande amiga <3)  Eliana Coutinho, ” OUVIR é uma ginástica cerebral!” E só treinando que conseguimos melhoras.
  • Lembre-se que para ESCUTAR é preciso OUVIR bem antes!
  • Não desperdice qualquer pista visual! Olhar o rosto do outro facilita o entendimento de fala.
  • Fuja de locais barulhentos na hora da conversa!
  • Leia o post : Como conversar com alguém que usa aparelho auditivo?

 

Boa semana a todos!  🙂

Por: Mirella Horiuti

Para: www.naoescuto.com

 

Há algumas semanas minha amiga Paula Pfeifer do Cronicas da Surdez publicou um assunto muito importante. O uso dos fones de ouvido para MP3.

Resolvi compartilhar com vcs!

 

FONES DE OUVIDO NO ÚLTIMO VOLUME HOJE, APARELHO AUDITIVO AMANHÃ

Olhem só essa campanha veiculada nos Estados Unidos. Achei sensacional, pois uma imagem fala mais do que mil palavras, certo? Mesmo com tudo o que se publica sobre a prevenção da perda auditiva, a maioria das pessoas não está nem aí, tem aquela atitude de ‘isso nunca vai acontecer comigo‘ e continua com os fones de ouvido no volume máximo.

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A perda auditiva é uma epidemia mundial. Antigamente, a surdez estava quase que totalmente relacionada à velhice, mas hoje ela se relaciona com a juventude numa velocidade impressionante. Por isso, fica o apelo: teste a sua audição, faça uma audiometria. E nunca, jamais, use seus fones de ouvido no volume máximo e nem por horas a fio. A nossa audição é sensível e nossas células ciliadas (ainda) não se regeneram!

Alguns fatos…

  • 15% da população americana com idade entre 20-69 anos tem perda auditiva induzida por ruído;
  • 1 em cada 8 pessoas acima de 12 anos tem algum grau de perda auditiva nos Estados Unidos;
  • 30 milhões de americanos são expostos a níveis perigosos de ruído no trabalho e acabam com algum grau de perda auditiva;
  • de todas as causas da perda auditiva, a mais fácil de prevenir é a causada por exposição prolongada ao ruído;
  • a perda auditiva vem sendo relacionada com demência, declínio cognitivo, depressão e doenças cardíacas.

 

Compartilhem!

Boa semana a todos!  🙂

 

Por: Mirella Horiuti

Para: www.naoescuto.com

 

 

 

limpezaFamiliaCustom

Finalizando o tema de LIMPEZA,  como prometido, falaremos hoje sobre os customizados – intras e microcanais pois são os modelos mais comuns. Na verdade, nesse caso, o modelo não interfere no tipo de limpeza.

itcCIC

Mais uma vez, repito…quando um novo usuário adquire um aparelho auditivo essa é uma parte muito importante da orientação.

Qual o motivo? Simples: a falta de informação pode levar o usuário a limpar seu aparelho auditivo de forma inadequada e assim encurtar a vida útil do produto.

Nas semanas anteriores falamos da limpeza dos aparelhos auditivos retroauriculares convencionais,  com tubo fino e com tecnologia RIC

 

Então vamos lá….

Este modelo de aparelho auditivo é composto por  2 partes:

protetor de cera

  • O aparelho auditivo propriamente dito (parte eletrônica) – onde encaixamos a pilha

LIMPEZA:  Somente um pano ou papel SECO. Naaaaada de paninho úmido, com água, álcool ou Veja.   E por que? A umidade é uma vilã na vida do aparelho auditivo.

  • Filtro de cera – proteção na entrada do aparelho para que não entre cera na parte do receptor. Existem vários modelos de protetores de cera. Mas atenção!  Cada marca usa 2 a 3 tipos diferentes! Antes de trocar o seu, verifique se vc tem o protetor de cera adequado para seu aparelho auditivo.

filtro de cerafiltros2waxguard

 

LIMPEZA DIÁRIA:  ao retirar o aparelho auditivo depois do uso, limpe a ponta do filtro com um papel  e verifique se o orifício da ponta da sonda está desobstruído. Isso vai garantir que o som passe livremente sem perda de energia. Se vc encontrar um pouco de cera neste orifício, retire-a com a escovinha. Caso vc não consiga desobstruir o orifício, faça uma limpeza completa.

 

LIMPEZA COMPLETA:  troca de filtro

O que vc vai precisar?

Escovinha filtro de cera

  • escovinha
  • filtros (protetores de cera)

#ficadica: se o seu ouvido produz algum tipo de secreção ou vc tem infecções frequentes, faça essa limpeza sempre que sentir seu ouvido mais úmido.

Siga as instruções abaixo:

  1. Com a ferramenta adequada, retire o protetor de cera usado. Coloque a parte eletrônica no estojo. Deixe o estojo fechado em local seguro e bem longe da zona de perigo ( perto da água). Atenção:  a região pia é uma área de risco! 😉
  2. Descarte o filtro usado.
  3. Ainda com a ferramenta adequada, retire um protetor de cera novo e encaixe no orifício do aparelho auditivo.
  4. Pronto! Agora é só conectar e  usar novamente!

 

Boa semana a todos!  🙂

 

Por:  Mirella Horiuti

Para: www.naoescuto.com

limpezaSiemens_Ace

Dando continuidade ao tema de LIMPEZA,  como prometido, falaremos hoje sobre os retroauriculares com tecnologia receptor no canal (RIC) para encerrar a linha dos aparelhos que ficam atrás da orelha.

RIC

Mais uma vez, repito…quando um novo usuário adquire um aparelho auditivo essa é uma parte muito importante da orientação.

Qual o motivo? Simples: a falta de informação pode levar o usuário a limpar seu aparelho auditivo de forma inadequada e assim encurtar a vida útil do produto.

Nas semanas anteriores falamos da limpeza dos aparelhos auditivos retroauriculares convencionais  e  daqueles com tubo fino.  

Na próxima semana falaremos sobre a limpeza dos:

  • customizados – intras e microcanais

Então vamos lá….

Este modelo de aparelho auditivo é composto por 3 partes:

RIC

A. O aparelho auditivo propriamente dito (parte eletrônica) – onde encaixamos a pilha.

B. O tubo fino (com fio de metal dentro) com receptor na ponta – é aquela peça de plástico por fora mas com um componente eletrônico na ponta (parte de metal).

LIMPEZA:  Somente um pano ou papel SECO. Naaaaada de paninho úmido, com água, álcool ou Veja.   E por que? A umidade é uma vilã na vida do aparelho auditivo.

C. A sonda – é aquela peça de silicone flexível que se conecta ao tubo fino com receptor na ponta. É a parte que fica dentro do canal do ouvido.

LIMPEZA DIÁRIA:  ao retirar o aparelho auditivo depois do uso, limpe somente a sonda com um papel SECO e verifique se o orifício da ponta da sonda está desobstruído. Isso vai garantir que o som passe livremente sem perda de energia. Se vc encontrar um pouco de cera neste orifício, retire-a com um papel ou escovinha. Caso vc não consiga desobstruir o orifício, faça uma limpeza completa (mensal).

#ficadica: se vc tem 2 sondas (uma de cada orelha),  use um papel para cada lado e descarte em seguida. Assim vc vai garantir não haja contaminação no caso de um de seus ouvidos estar doente.

#ficadica: se o sua sonda entupiu e vc está sem tempo de limpar, tenha uma reserva sempre a mão para troca imediata. Pergunte ao seu fonoaudiólogo o seu tamanho de sonda.

LIMPEZA MENSAL:  somente a sonda pode ser lavada com sabão neutro e água. O que vc vai precisar?

Escovinhabombinha

  • escovinha
  • bombinha de ar
  • água e sabão neutro

#ficadica: se o seu ouvido produz algum tipo de secreção ou vc tem infecções frequentes, faça essa limpeza sempre que a sonda estiver com um odor diferente.

Siga as instruções abaixo:

  1. Desconecte a sonda do restante do aparelho auditivo e coloque toda a parte eletrônica no estojo. Deixe o estojo fechado em local seguro e bem longe da zona de perigo ( perto da água). Atenção:  a região pia é uma área de risco! 😉
  2. Lave a sonda normalmente com a escovinha e sabão e enxague em água corrente. Deixe secar.
  3. Tire a água que ficou na sonda com a bombinha  de ar.
  4. Pronto! Agora é só conectar e usar novamente!

Mais um vídeo…

 

Boa semana a todos!  🙂

 

Por:  Mirella Horiuti

Para: www.naoescuto.com